IBGE: Mais de um milhão de pessoas sobrevivem dos aplicativos

IBGE: Mais de um milhão de pessoas sobrevivem dos aplicativos

Foto: Redes Sociais

Entre outubro de dezembro de 2022, 1,5 milhão de pessoas trabalharam por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços no Brasil. A maioria, entre 25 e 39 anos, é de adultos que disponibilizam seus serviços via plataformas, entregam produtos ou se deslocam no território com os passageiros, este último representa mais da metade dos casos –  778 mil pessoas.  A maior parte dos plataformizados, 70,1%, estavam na informalidade. Os dados sobre trabalho são do inédito módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado nesta quarta-feira (25). 

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Motoristas 

No último trimestre do ano passado, eram 1,2 milhão de pessoas ocupadas como condutores de automóveis de transporte rodoviário de passageiros em sua atividade principal. Desse total, 60,5% (721 mil pessoas) trabalhavam com aplicativos de transporte de passageiros, inclusive táxi, enquanto 39,5% (471 mil) não utilizavam esses aplicativos. A renda dos motoristas plataformizados (R$2.454) era ligeiramente superior à dos motoristas não plataformizados (R$2.412).

Em média, entregadores via aplicativo trabalham 4,8 horas a mais, por semana, em comparação aqueles que não usam as plataformas. O rendimento/hora dos motociclistas de aplicativo era R$11,80, enquanto o dos motociclistas que não usam aplicativos era R$13,60.

Ao todo, 39,8% dos motociclistas não plataformizados contribuíam para a previdência, proporção que cai para 22,3% entre os motociclistas via app. 


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O trabalho em plataformas na Região Sul 

Na região sul,a maioria trabalhava, 43,1%, com transporte particular de passageiros (exceto táxi) e, 42,5% com entrega de produtos, comida, entre outros. Em relação ao avanço do transporte de passageiros por aplicativos, na região sul, somente 14,5% trabalham com aplicativo de táxi. 

Tratando-se de aplicativos de prestação de serviços gerais, como de eletricista, cuidador de pessoas e de faxina, ou profissionais, como na área de programação, jurídicos, de redação, a região Sul está na frente da média geral do Brasil. 17,6% trabalham neste segmento.  Isto significa mais de 197 mil pessoas. 


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Maioria dos trabalhadores plataformizados eram homens – 81,3%

– Há mais homens entre os plataformizados porque a maior parte dos trabalhadores por aplicativo são condutores de automóveis e motocicletas, ocupações majoritariamente masculinas – explica o analista da pesquisa Gustavo Geaquinto.

E mais, a maioria dos que trabalham via plataforma tem ensino de superior incompleto (61,3%). 

Para acessar os dados completos clique aqui 

*As estatísticas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação. A pesquisa é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).


*Com informações da Agência IBGE

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